O livro “Rua do Lavradio” trata da história do Rio Antigo, ricamente ilustrado, destaca a primeira rua residencial do Rio, começando pela sua expansão entre morros, lagoas, pântanos e alagadiços no Séc. XVI, passando pela migração dos antiquários da Praça Onze quando se tornou “Rua dos Antiquários”, depois com seus “chopes berrantes” e Madame Satã que também marcaram época, chegando aos dias de hoje, com todo o seu glamour reconquistado, numa verdadeira saga histórica tão bem relatada por Rachel Jardim, Nina Rabha, Eliane Canedo, Augusto Ivan, Isa Cambará e Joaquim Ferreira dos Santos, com uma abordagem histórica e bastante poética em cinco capítulos e com apresentação de Plínio Fróes, um dos idealizadores desta obra

"Falar das transformações da Rua do Lavradio ou das diversas culturas que a habitam é uma tarefa complexa, por um lado, e de extrema facilidade, por outro. Fácil, se lançarmos um olhar descompromissado que perceba apenas sua extensão, características, personagens e peculiaridades. De extrema complexidade, se nos ativermos aos detalhes de sua importância histórica, cultural, arquitetônica e social. Uma rua nobre, com pouco mais de 700 metros, que representa um dos principais marcos da história da cidade e do país.
Vamos espiar a Rua do Lavradio e observar as marcas que foram deixadas às suas margens pelo grande Lavrador, o Tempo. São toques mágicos que falam do cinzelar minucioso desse Cronos devorador. Aqui ele devora brincando, exercitando um certo senso de humor que não lhe é peculiar, deixando aparecer marcas graciosas, de total singeleza, elaboradas pela mão humana." - Plínio Quintão Fróes.